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CAPITA L REUMATO
E A SOLUçãO?
Não existe solução fácil para os inúmeros desafios na abordagem da dor mas uma
série de atitudes e condutas podem ser implementadas para nos auxiliar no dia a dia.
Algumas delas estão sumarizadas abaixo:
a) Dê uma chance ao estudo profundo e detalhado da dor. Avanços na etiopatogenia e
fisiopatologia da dor acontecem contínua e rapidamente. E isso pode ser tão interessante e
rico quanto o estudo das doenças imunomediadas.
b) Invista na educação em Dor para os pacientes. Dispomos de bons materiais gratuitos
(textos, livros, vídeos e cursos) que podem ser indicados. Quando o doente entende
seu processo e os fatores que o influenciam, a mudança é nítida e muito positiva para o
tratamento.
c) Tenha uma rede de apoio/equipe multidisciplinar definida, em todos os locais: rede
pública, saúde suplementar ou privado. Mesmo sem as condições ideais, outros profissionais
nos ajudarão a ter um melhor resultado.
d) Pratique outras habilidades e melhore as que você já tem. Escuta ativa, empatia
e comunicação médico-paciente são alguns dos exemplos. As chamadas “soft skills”
(competências comportamentais e socioemocionais) serão as mais valorizadas no mercado
de trabalho futuro.
e) Faça o alinhamento de expectativas com os pacientes. Nem sempre teremos o controle
completo ou ideal da dor, ainda assim podemos melhorar enormemente a qualidade de
vida. Isso pode diminuir as frustração de ambos os lados.
f) Esteja disposto a melhorar sua abordagem da dor através de novos conhecimentos.
A sensação de um trabalho bem feito e a percepção do impacto positivo na vida destas
pessoas decorrentes do seu trabalho funcionarão como um estímulo contínuo.
g) Se com tudo isso, você não estiver disposto a acompanhar adequadamente um paciente
com dor crônica, encaminhe para algum colega que o faça! É uma boa opção para todos.
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