Page 13 - REVISTA REUMATO_22_WEB
P. 13

CAPITA L  REUMATO
               humanidades medicas





                                   DRA. ANA PAULA GOMIDES
                                   Reumatologista com área de atuação em Dor pela Associação Médica Brasileira.
                                   Mestrado e Doutorado pela Universidade de Brasília-UnB.
                                   Professora titular do Centro Universitário de Brasília.
                                   Membro das Comissões de dor,  fibromialgia, reumatismos de partes moles e
                                   artrite reumatoide da Sociedade Brasileira de Reumatologia.






                          QUANDO A DOR



                          BATE NA PORTA DO



                          REUMATOLOGISTA








                         A dor  é  o sintoma mais frequente das doenças musculoesqueléticas
                     e a maior motivação para o paciente procurar atendimento com um

                     reumatologista. Este sintoma sempre baterá à nossa porta, por isso
                     todas as reflexões e debates sobre o tema são válidos e necessários.







                                 COMO O REUMATOLOGISTA ENCARA A ABORDAGEM
                             DA DOR CRôNICA ATUALMENTE?


                                 Esta é uma pergunta interessante para esta breve discussão.
                                 Sabemos que a maioria dos reumatologistas se sente confortável na
                             abordagem da dor inflamatória decorrente de uma doença imunomediada.
                             Somos especialistas interessados, empáticos e engajados no tratamento de
                             uma paciente jovem com um quadro de lúpus eritematoso sistêmico ou de
                             um paciente com artrite reumatoide exuberante, por exemplo.  As múltiplas
                             faces de doenças causadas por alterações do sistema imune nos encantam
                             e na maioria das vezes foram o chamariz para nossa escolha da área de
                             atuação. Mas será que todo o nosso interesse teórico e nossos esforços
                             na prática clínica se mantém com aqueles pacientes que apresentam dor
                             crônica não inflamatória ou de causa indeterminada?  Provavelmente não.
                             Vemos  que  um  grande  número  de  médicos  não  tem  disposição  e  às
                             vezes apresentam nítido descontentamento em atender casos cuja dor






                                                                                                               13
   8   9   10   11   12   13   14   15   16   17   18